Olá amigo João Celso!
Esquecer os ciclos
Meu caro amigo Luís Carlos Dias (cujo relacionamento começou na Ilha do Fundão, em 63, sendo ele um segundo anista e eu um calouro da antiga ENE, e prosseguiu porque nos encontramos na Embratel, em 68, por conta da qual fomos passar uns meses na Holanda) tem sempre a gentileza de me mandar belas mensagens.
Hoje, recebi duas, sendo que a primeira eu já conhecia (talvez mandada por ele mesmo em ano anterior, Desejos, de Victor Hugo). A outra, não sei se da autoria de quem lhe enviara (Paulo Borensztein), cai como uma luva em mim, nostálgico confesso e, aparentemente, irrecuperável.
Trata dos ciclos de vida que atravessamos e, eu em particular, temos dificuldade de esquecer, superar, jeter à la poubelle. Conclama o texto, por exemplo, que “É preciso perceber quando uma etapa da vida chega ao fim”. E que “Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.”
Tocou-me fundo o trecho que diz: Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente crianças, adolescentes, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Conclui com essa lição: Feche uma porta e abra outra, mude o lado do disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, se transforme e aceite quem você é.
1 Comments:
É uma prazer ver que algo que escrevi pode ser útil a um amigo. Quanto ao Luiz (com z), vou me policiar para não repetir o erro.
By J Celso, at 9/7/06 21:44
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