Ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce
Muito tem sido falado sobre os valores relativos para os preços das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce. Qual o motivo? Dizem os comentaristas e analistas que os valores das ações da Petrobrás, historicamente, sempre foram superiores aos da Vale. É verdade! Petrobras andava na casa de 7,5% acima da Vale, em agosto de 2006. Atualmente, o valor das ações da Vale do Rio Doce andam por volta de 28% acima dos valores das ações da Petrobras. Assim, concluem que, como a Petrobrás é o carro-chefe da Bolsa de Valores, sendo a ação mais negociada diariamente, em algum momento à frente deverá alcançar e até ultrapassar os preços da Vale do Rio Doce.
Em minha opinião, talvez seja conveniente olhar não só os preços históricos, mas também o momento atual e as perspectivas futuras. Não que eu seja contra a tese defendida pelos analistas. Longe de mim tal presunção.
Qual a situação da Petrobrás? A empresa busca a consolidação da auto-suficiência interna em petróleo; tem um programa de investimentos ambicioso para os próximos quatro anos; tem elevada despesa em dólares, principalmente com a importação de matérias-primas para a produção de óleo diesel, já que nosso óleo não possibilita produção de diesel local com boa relação custo-benefício (o consumo interno de óleo diesel é muito alto) e de gás; seus níveis de exportação não são significativos; não consegue elevar os preços dos combustíveis internamente, por dois motivos: eles já estão cerca de 26% acima do preço internacional e os objetivos sociais do governo impedem qualquer movimento da estatal nesse sentido - os aumentos são conseguidos indiretamente, pela não redução do preço dos combustíveis no mercado interno, quando o preço do barril de petróleo cai no mercado mundial, como ocorreu recentemente; não tem uma política de dividendos clara, embora tenha premiado os investidores com dividendo ao final do ano. Quais são as opções para a empresa com vistas ao futuro? Conseguir a auto-suficiência para abastecimento interno; procurar aumentar a exportação e reduzir drasticamente a importação tanto de óleo bruto, como de gás (este, segundo as expectativas da empresa só deverá ter auto-suficiência dentro de cinco anos); transformar-se numa empresa de energia, em lugar de uma empresa petrolífera. Quanto tempo isto demandará?
E a Vale do Rio Doce? Aí a história é um pouco diferente. Primeiro, a empresa não mais sendo estatal (já há alguns anos), pode negociar seus preços de acordo com o mercado, independente do governo; suas receitas são fundamentadas em dólares, fruto de seu elevado índice de exportação; consegue negociar aumentos de preços com uma certa facilidade, por ser uma das maiores produtoras de metais do mundo; tem uma clara política de investimentos e aquisições (ou fusões), principalmente no exterior; tem uma política de dividendos interessante, com distribuição anual, já tendo anunciado para este ano, um dividendo cerca de 23% superior ao valor do ano de 2006; a demanda internacional por metais só aumenta, China à frente. Que tal? Parece que as perspectivas são boas para a empresa.
Portanto, acredito ser difícil comparar os preços relativos, diante de tantas variáveis não homogêneas para ambas as empresas. Corremos o risco de estar comparando banana com laranja. Não creio que seja uma boa comparar apenas os preços. É interessante ir um pouco mais além.
Concluindo, não descarto a Petrobrás como uma opção de investimento, pois ela tem apresentado bons resultados ao final dos exercícios; é uma das maiores empresas petrolíferas do mundo; tem atuação no exterior e procura investir no aumento da produção interna. O valor das ações em Bolsa está bastante atrativo. Pode apresentar resultados satisfatórios no médio-longo prazo. Vale a pena investir, sem a preocupação de que o valor das ações da empresa venham a superar os valores das ações da Vale do Rio Doce, que acredito continuará sua trajetória no médio-longo prazo.
Quem quiser se aventurar, boa sorte!!!
Em minha opinião, talvez seja conveniente olhar não só os preços históricos, mas também o momento atual e as perspectivas futuras. Não que eu seja contra a tese defendida pelos analistas. Longe de mim tal presunção.
Qual a situação da Petrobrás? A empresa busca a consolidação da auto-suficiência interna em petróleo; tem um programa de investimentos ambicioso para os próximos quatro anos; tem elevada despesa em dólares, principalmente com a importação de matérias-primas para a produção de óleo diesel, já que nosso óleo não possibilita produção de diesel local com boa relação custo-benefício (o consumo interno de óleo diesel é muito alto) e de gás; seus níveis de exportação não são significativos; não consegue elevar os preços dos combustíveis internamente, por dois motivos: eles já estão cerca de 26% acima do preço internacional e os objetivos sociais do governo impedem qualquer movimento da estatal nesse sentido - os aumentos são conseguidos indiretamente, pela não redução do preço dos combustíveis no mercado interno, quando o preço do barril de petróleo cai no mercado mundial, como ocorreu recentemente; não tem uma política de dividendos clara, embora tenha premiado os investidores com dividendo ao final do ano. Quais são as opções para a empresa com vistas ao futuro? Conseguir a auto-suficiência para abastecimento interno; procurar aumentar a exportação e reduzir drasticamente a importação tanto de óleo bruto, como de gás (este, segundo as expectativas da empresa só deverá ter auto-suficiência dentro de cinco anos); transformar-se numa empresa de energia, em lugar de uma empresa petrolífera. Quanto tempo isto demandará?
E a Vale do Rio Doce? Aí a história é um pouco diferente. Primeiro, a empresa não mais sendo estatal (já há alguns anos), pode negociar seus preços de acordo com o mercado, independente do governo; suas receitas são fundamentadas em dólares, fruto de seu elevado índice de exportação; consegue negociar aumentos de preços com uma certa facilidade, por ser uma das maiores produtoras de metais do mundo; tem uma clara política de investimentos e aquisições (ou fusões), principalmente no exterior; tem uma política de dividendos interessante, com distribuição anual, já tendo anunciado para este ano, um dividendo cerca de 23% superior ao valor do ano de 2006; a demanda internacional por metais só aumenta, China à frente. Que tal? Parece que as perspectivas são boas para a empresa.
Portanto, acredito ser difícil comparar os preços relativos, diante de tantas variáveis não homogêneas para ambas as empresas. Corremos o risco de estar comparando banana com laranja. Não creio que seja uma boa comparar apenas os preços. É interessante ir um pouco mais além.
Concluindo, não descarto a Petrobrás como uma opção de investimento, pois ela tem apresentado bons resultados ao final dos exercícios; é uma das maiores empresas petrolíferas do mundo; tem atuação no exterior e procura investir no aumento da produção interna. O valor das ações em Bolsa está bastante atrativo. Pode apresentar resultados satisfatórios no médio-longo prazo. Vale a pena investir, sem a preocupação de que o valor das ações da empresa venham a superar os valores das ações da Vale do Rio Doce, que acredito continuará sua trajetória no médio-longo prazo.
Quem quiser se aventurar, boa sorte!!!
23 Comments:
Excelente comentário!!
Meus parabens pela análise!!
Abraços
By Anônimo, at 20/8/07 17:57
td bem ...to loco pra investir em açoes tem algum valor minimo sugerido ou vale apena algum tipo de emprestimo ..para jogar nas açoes abraço daniel birk@assisnet.com.br
By Anônimo, at 19/12/07 22:18
danielbirk@assisnet.com.br
o certo..
By Anônimo, at 19/12/07 22:22
è mesmo uma boa investir na bolsa?
By Anônimo, at 1/1/08 04:21
E ai analista?!?! agora que o preço da petrobras esta quase o dobro da vale e ainda com pespectiva de valorizaçao para este ano, o que voce me diz hein?!?!?
By Anônimo, at 8/2/08 10:03
Pois é meu caro. O "analista" avaliou a situação e não denegriu a imagem da Petrobrás. Apresentou, sim, a situação tal como vista naquele momento. A Vale apresentava-se em situação melhor do que a Petrobras, não só em termos de preços de ações no mercado bursátil, como em situação econômico-financeira e bem posicionada no mercado. Fatos que ainda não foram mudados, apesar de a Petrobras ter alcançado a auto-suficiência em um mês e agora não mais ser auto-suficiente porque voltou a importar mais óleo do que importa, por questões operacionais e administrativas.
A situação que é dita hoje como a Petrobras estar com os preços quase o dobro da vale, na bolsa de Valores, não é bem o que parece. por que? Simples a Vale do Rio Doce desdobrou suas ações em setembro de 2007 na proporção 1:1, o que significa dizer que o preço equivalente hoje (08/02/2008, às 13:52 horas) seria de R$ 91,36, enquanto a ação da Petrobras está em R$ 82,29. Logo, as duas cotações não representam o mesmo volume de papéis à época do comentário. A Vale, hoje, ainda teria cotações superiores às da Petrobras. Melhor dizendo, quem possuia 100 ações da Vale a, digamos, R$ 70,00, perfazendo um total de R$ 7.000,00, hoje possui 200 ações ao preço unitário de R$ 45,68, representando um total de R$ 9.136,00. Já quem possuia 100 ações da Petrobras digamos, R$ 45,00, com umtotal de R$ R$ 4.500,00, hoje continua com as mesmas 100 ações, agora com um valor de R$ 82,29, perfazendo um total de R$ 8.229,00. Não resta dúvida de que o ganho relativo das ações da Petrobras fui bem maior do que os das ações da Vale, mas é preciso lembrar que o aumento do minério de ferro no mercado internacional ainda não foi definido e deve andar por volta de 50%, o que deverá mexer com os preços das ações da Vale. Quanto aos papéis da Petrobras, estão muitio atrelados à situação da crise americana e ao crescimento da economia por lá. Vamos aguardar para ver os resultados, sem precipitações, sem avaliações emocionais, sem pré-julgamento: fatores que muitas vezes levam a resultados incompatíveis com os cenários.
By lcdias, at 8/2/08 13:56
Olá analista, gostei do seu comentário, estou começando agora a entender o sentido das bolsas de valores,já estou no exterior a 3 anos ,e como iniciante de investimento, e quero saber se tenho risco de perder algum dinheiro investido em alguma ação? ou o risco sou eu tirar o dinheiro depositado...obrigado.
By ..., at 17/4/08 20:02
Com relação ao comentário de 17/04/08, que consulta sobre a existência, ou não de risco de perder dinheiro ao investir em ações, tenho a dizer, meu caro, que todo investimento que é feito em renda variável tende a ser mais arriscado do que investimentos em renda fixa. O quê importa, no fim das contas, é conhecer o mercado, estudá-lo ao máximo e ter sangue-frio para saber a hora certa para sair do mercado, seja com perda, seja com ganho. A maior parte dos possíveis investidores em Bolsa têm sempre o receio de perder suas economias. É sempre possível, sendo necessário, pois, os cuidados que apontei acima. Boa sorte!
By Connexio, at 18/4/08 21:10
Ola análista fiz um investimento na vale em 02/05/2008 e minhas ações desvalorizaram mais de 10 porcento apenas nesse periodo tenho receio de perder mais ainda. Qual seria a melhor opção: resgatar todo dinheiro ou deixar para ver se ocorre uma valorização novamente. Qual seria o caminho de acordo com a situação atual do mercado?
Obrigado.
By Anônimo, at 14/6/08 00:14
Sobre o comentário de 14/06/2008, muito obrigado. Sobre a consulta, devo dizer que não sou muito afeto a dar conselhos, pois se os mesmos fossem bons, não seriam dados e sim muito bem vendidos. Mas vamos conversar um pouco sobre o que colocas, sem nenhuma responsabilidade sobre conclusões que venhas a tirar. Tuas ações da Vale compradas no dia 02/05 já teriam se desvalorizado 10% e existe medo de perder mais ainda. Meu caro, não esqueça de um ponto relevante: um dos eventos, perder ou ganhar, só ocorre quando o ativo é vendido. Até lá o investidor está posicionado em um ativo que sofre a influência do vai-e-vem do mercado. Mas vamos lá: ao olharmos o gráfico de Vale, o dia 02/05 era realmente um bom dia para a compra: as indicações eram de alta, o que ocorreu até o dia 20, quando o papel mantinha-se dentro de um estreito canal de alta, embora sempre ameaçando estourar a parte superior das Bandas Bollinger, o que indicava um certo risco de reversão. Essa situação consolidou-se no dia 26/05, com a confirmação através do gráfico parabólico. Daí para a frente foi só queda. Hoje, Vale está a R$ 47,10, no momento em que escrevo essa resposta, ainda em terreno de baixa, pois rompeu uma forte linha de suporte na casa dos R$ 47,68. Outra linha de suporte está situada em R$43,94. Ao analisarmos a Vale, temos que levar em consideração alguns fatores, que embora não garantam subidas constantes, pelo menos dão um certo conforto: a Vale é uma empresa com alta liquidez na Bolsa. A intenção de participar ativamente do processo de consolidação da indústria siderúrgica (por meio de compras e fusões), que vem acontecendo em nível mundial, pode estar trazendo alguma preocupação para os investidores em Vale. Haja visto a proposta, já arquivada na CVM, para emissão de US$ 14 milhões em ações, quando está escrito no press release distribuído, que "A Vale pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta para fins corporativos gerais, o que pode incluir o financiamento de seu programa de crescimento orgânico baseado no plano de investimentos de US$ 59 bilhões, aquisições estratégicas (grifo meu) e a ampliação da flexibilidade financeira." Essa pode ser uma forma que a Vale está buscando para não aumentar seu endividamento. Hoje, a Vale tem grande número de acionistas estrangeiros, não só em ADR, mas também no mercado da BOVESPA e alguns analistas andam apontando que os estrangeiros estão saindo do papel, após o anúncio de aquisição, ou intenções de aquisições, mais recentes. Além disso, o preço das commodities está em queda no mercado mundial; os australianos, principais concorrentes da Vale no mercado chinês, estão oferecendo preços mais competitivos, por razões ligadas ao frete, muito embora o minério da Vale seja apontado como de melhor qualidade, o que vem garantindo seguidos valores-prêmio ao produto nacional.
Então meu caro, o momento para a Vale não é muito confortável no mercado internacional, sua principal fonte de receita. No entanto, é o que sempre digo: realizar prejuízo, nem sempre é uma boa política, principalmente quando se trata de uma empresa como a Vale, com boa política de governança corporativa, com forte credibilidade no mercado internacional, e por aí vai.
Acredito que Vale ainda venha a se recuperar, mas recuperação é uma expectativa que está diretamente ligada a tempo. Não sei qual tua expectativa com relação a ganhos e prazos, mas deve sempre levar em conta que Bolsa não deve ser considerado investimento de curto prazo, muito menos, investimento de ganho fácil e garantido. Há sempre os percalços de todo e qualquer investimento ligado à renda variável.
Não sei se ajudei, ou compliquei, mas não esqueça daquele ponto fundamental que mencionei lá no início: em Bolsa, só ganhamos ou perdemos quando realizamos a venda de um ativo, qualquer que seja!
By LCDias, at 16/6/08 13:59
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By LCDias, at 16/6/08 14:00
MUITO BOM SEU COMENTÁRIO ANÁLISTA!!! SERÁ QUE PODERIA FAZER UM SEMELHANTE SOBRE A PETROBRAS.
OBRIGADO.
By Anônimo, at 17/6/08 00:16
Sobre a consulta de 17/06 referente a Petrobras, sugiro em primeiro lugar uma olhada no post do dia 25/05/2008, sobre a crise do petróleo e outras coisas mais.
Graficamente, a Petrobras vinha se apresentando dentro de um estreito canal de baixa, tendo vencido ontem (17/06) a resistência desse canal. Hoje, na abertura do pregão o papel já se apresentava na faixa de R$ 45,90, situando-se novamente daquele canal de baixa. Tendo em vista que as Bolsas européias abriram seus pregões e se mantêm em baixa, vamos aguardar um pouco para ver o comportamento do mercado brasileiro com a abertura do pregão em Nova Iorque. Precisamos ficar de olho em duas situações no gráfico de Petrobras: a primeira, o forte suporte que existe por volta de R$ 43,81; segundo, uma resistência importante na casa dos R$ 47,29. O rompimento de um, ou do outro, poderá indicar uma nova tendência para o papel: ou uma queda mais acentuada, ou o início de um processo de alta, ainda que venha a apresentar algumas quedas ao longo do mesmo, por conta da volatilidade do mercado. Outro ponto importante no gráfico diz respeito ao Índice de Força Relativa (IFR) que começa a dar sinais de fortalecimento, saindo da casa dos 39 e já estando por volta de 46.
As recentes descobertas de óleo leve na bacia de Santos trazem novas expectativas para a empresa, muito embora a confirmação da extensão dos campos e o início de produção, em caso de campos extensos, ainda demore um pouco. Não obstante, dizem os analistas que, mesmo com a elevação da produção de óleo pelos países árabes, as expectativas com relação à baixa no preço do petróleo no mercado mundial, ainda são remotas no curto/médio prazo. Acresça-se a isso, o fato de a situação climática nos EUA ter piorado, já havendo notícias de que haverá necessidade de importação de etanol, o que pode significar mais demanda por petróleo por parte dos americanos. O mercado mundial ainda não é tão ofertante de etanol como deverá ser a demanda americana.
Vamos aguardar um pouco mais para entender como deverá se comportar o mercado, principalmente em função da volatilidade reinante.
By LCDias, at 18/6/08 10:52
Estou muito preocupada com esta crise no mercado financeiro, pois fiz imvestimentos em ações da Vale e da Petrobrás no dia 20/02/08 e, naquela época a performance dessas ações estava razoável, mas agora não sei quais são as perspectivas de recuperação desse mercado, que só faz cair.
By Anônimo, at 3/7/08 20:38
espero que melhore os indices tendo em vista as noticias do mercado.
By Anônimo, at 4/7/08 15:07
Olá...
gostaria de investir um dinhero guardado q nao preciso no momento na petro ou em algum frigorifego....qual vc me aconselharia? Estou em duvida quanto a isso...sou inexperiente nesse ramo...mas quero aplicar meu dinhero em açoes....poderia me ajudar?
By Patricia, at 13/8/08 21:08
Olá,
Gostaria de uma ajuda, quero investir aproximadamente uns R$ 5.000,00 nas ações da Petrobrás ou na Vale, mas com essa queda no mercado exterior não sei se o faço agora ou deixo passar essa fase negra do mercado. Analista o que que você me diz?
Grata.
Bahia- Salvador
By Anônimo, at 19/9/08 19:01
Olá,
Gostaria de uma ajuda, quero investir aproximadamente uns R$ 5.000,00 nas ações da Petrobrás ou na Vale, mas com essa queda no mercado exterior não sei se o faço agora ou deixo passar essa fase negra do mercado. Analista o que que você me diz?
Grata.
Bahia- Salvador
By Anônimo, at 19/9/08 19:01
Como vai analista?
Gostaria de saber se essa crise externa pode afetar diretamente as ações da Petro e Vale? E você acha que quanto tempo mais isso se arrasta?
Grata,
Taiana- Salvador Bahia.
By Anônimo, at 19/9/08 19:06
Com relação aos comentários/consultas de 19/09, vou tentar passar minha opinião por atacado, pois me parece que o assunto é o mesmo e talvez, até mesmo o signatário. Atentem que é apenas uma OPINIÃo, não uma SUGESTÃo!
Quanto ao investimento em ações da Petrobras e da Vale, no momento, acho arriscado, como também o acho para qualquer outro papel. Asempresas de um modo geral e Petrobras e Vale não tiveram comportamento diferente, fizeram contratos de proteção para os recebíveis decorrentes de suas exportações. Algumas se utilizaram dos ACC (Adiantamento de Cotrato de Câmbio); receberam por produtos com entregas futuras, aplicaram no mercado nacional para fazer capital de giro e agora foi tudo por água abaixo. Outras tentaram fazer hedge comprando dólar no mercado futuro a valores pouco acima daqueles verificados na época do ACC (geralmente 2 a 3% acima. Agora o dólar está 20% mais caro, sem perspectiva de queda a curto prazo, em minha modesta opinião.
O preço do barril do pet´roleo continua caindo no exterior. Normalmente, isso seria bom para a Petrobras, pois ela ainda importa muito, mas acontece que ela também exporta, o que torna a balança não muito favorável.
Vale ainda depende muito do mercado externo. Embora isso fosse um bom indicador, as commodities continuam caindo nos mercados internacionais por falta de tomadores para a matéria prima. Portanto, cautela no atual momento é a minha posição.
É preciso estar muito atento para uma recuperação do mercaod, pois uma alta aparente em um ou mais dias, pode vir seguida de um tombo maior nos dias seguintes, como temos visto.
Quanto à pergunta da Tatiana sobre quanto tempo mais isso deve se arrastar, a resposta não me parece fácil. Bola de cristal não funciona.
O que devemos ter em conta é que a economia americana é por demais flexível para nos apontar surpresas, embora dessa vez a coisa esteja muito complicada. No entanto, a recuperação da economia americana, como vimos em crises anteriores, foi relativamente rápida. como exemplos, temos a crise quando do estouro da bolha das empresas ligadas à Internet. Demarcadas as variáveis que levaram à crise, a economia americana iniciou sua recuperação 3 meses depois, consolidando-a em 6 meses, ao passo que as economias européias, também afetadas, levaram 9 a 15 meses para a recuperação e o Japão ainda sofre até hoje. Tudo função da maior, ou menor flexibilidade das economias atingidas.
A favor dos EUA conta o fator de que, apesar de ser o país com maior deficit em balança comercial, maior deficit em contas públicas, altos e crescentes níveis de desemprego, possui um fator de atração de dinheiro internacional para seus títulos públicos que o tornam um país de "fácil" pelo fato de conseguir fazer caixa muito rápido. O dinheiro de todo o mundo vai para o mercado de títulos americanos, o dólar se fortalece e as coisas começam a tomar um rumo mais fácil para administrar.
Aqui pelo Brasil, ainda que nosso presidente diga que só deve ocorrer uma marolinha, contra a tsunamis americana, não podemos nos esquecer que o Brasil, tradicionalmente, é um país que não tem poupança interna, logo precisará fazer uso das reservas internacionais para cobrir os problemas do mercado financeiro de aqui, pois o dinheiro estrangeiro já iniciou sua retirada faz tempo e vai demorara a voltar.
por tudo isso, acredito que aplicar em Bolsa agora, seja arriscado e sem justificativa no curto, médio prazo.
Boa sorte e obrigado pelos comentários/consultas.
By LCDias, at 6/10/08 12:54
Com relação aos comentários/consultas de 19/09, vou tentar passar minha opinião por atacado, pois me parece que o assunto é o mesmo e talvez, até mesmo o signatário. Atentem que é apenas uma OPINIÃo, não uma SUGESTÃo!
Quanto ao investimento em ações da Petrobras e da Vale, no momento, acho arriscado, como também o acho para qualquer outro papel. Asempresas de um modo geral e Petrobras e Vale não tiveram comportamento diferente, fizeram contratos de proteção para os recebíveis decorrentes de suas exportações. Algumas se utilizaram dos ACC (Adiantamento de Cotrato de Câmbio); receberam por produtos com entregas futuras, aplicaram no mercado nacional para fazer capital de giro e agora foi tudo por água abaixo. Outras tentaram fazer hedge comprando dólar no mercado futuro a valores pouco acima daqueles verificados na época do ACC (geralmente 2 a 3% acima. Agora o dólar está 20% mais caro, sem perspectiva de queda a curto prazo, em minha modesta opinião.
O preço do barril do pet´roleo continua caindo no exterior. Normalmente, isso seria bom para a Petrobras, pois ela ainda importa muito, mas acontece que ela também exporta, o que torna a balança não muito favorável.
Vale ainda depende muito do mercado externo. Embora isso fosse um bom indicador, as commodities continuam caindo nos mercados internacionais por falta de tomadores para a matéria prima. Portanto, cautela no atual momento é a minha posição.
É preciso estar muito atento para uma recuperação do mercaod, pois uma alta aparente em um ou mais dias, pode vir seguida de um tombo maior nos dias seguintes, como temos visto.
Quanto à pergunta da Tatiana sobre quanto tempo mais isso deve se arrastar, a resposta não me parece fácil. Bola de cristal não funciona.
O que devemos ter em conta é que a economia americana é por demais flexível para nos apontar surpresas, embora dessa vez a coisa esteja muito complicada. No entanto, a recuperação da economia americana, como vimos em crises anteriores, foi relativamente rápida. como exemplos, temos a crise quando do estouro da bolha das empresas ligadas à Internet. Demarcadas as variáveis que levaram à crise, a economia americana iniciou sua recuperação 3 meses depois, consolidando-a em 6 meses, ao passo que as economias européias, também afetadas, levaram 9 a 15 meses para a recuperação e o Japão ainda sofre até hoje. Tudo função da maior, ou menor flexibilidade das economias atingidas.
A favor dos EUA conta o fator de que, apesar de ser o país com maior deficit em balança comercial, maior deficit em contas públicas, altos e crescentes níveis de desemprego, possui um fator de atração de dinheiro internacional para seus títulos públicos que o tornam um país de "fácil" pelo fato de conseguir fazer caixa muito rápido. O dinheiro de todo o mundo vai para o mercado de títulos americanos, o dólar se fortalece e as coisas começam a tomar um rumo mais fácil para administrar.
Aqui pelo Brasil, ainda que nosso presidente diga que só deve ocorrer uma marolinha, contra a tsunamis americana, não podemos nos esquecer que o Brasil, tradicionalmente, é um país que não tem poupança interna, logo precisará fazer uso das reservas internacionais para cobrir os problemas do mercado financeiro de aqui, pois o dinheiro estrangeiro já iniciou sua retirada faz tempo e vai demorara a voltar.
por tudo isso, acredito que aplicar em Bolsa agora, seja arriscado e sem justificativa no curto, médio prazo.
Boa sorte e obrigado pelos comentários/consultas.
By LCDias, at 6/10/08 13:02
Com relação aos comentários/consultas de 19/09, vou tentar passar minha opinião por atacado, pois me parece que o assunto é o mesmo e talvez, até mesmo o signatário. Atentem que é apenas uma OPINIÃo, não uma SUGESTÃo!
Quanto ao investimento em ações da Petrobras e da Vale, no momento, acho arriscado, como também o acho para qualquer outro papel. Asempresas de um modo geral e Petrobras e Vale não tiveram comportamento diferente, fizeram contratos de proteção para os recebíveis decorrentes de suas exportações. Algumas se utilizaram dos ACC (Adiantamento de Cotrato de Câmbio); receberam por produtos com entregas futuras, aplicaram no mercado nacional para fazer capital de giro e agora foi tudo por água abaixo. Outras tentaram fazer hedge comprando dólar no mercado futuro a valores pouco acima daqueles verificados na época do ACC (geralmente 2 a 3% acima. Agora o dólar está 20% mais caro, sem perspectiva de queda a curto prazo, em minha modesta opinião.
O preço do barril do pet´roleo continua caindo no exterior. Normalmente, isso seria bom para a Petrobras, pois ela ainda importa muito, mas acontece que ela também exporta, o que torna a balança não muito favorável.
Vale ainda depende muito do mercado externo. Embora isso fosse um bom indicador, as commodities continuam caindo nos mercados internacionais por falta de tomadores para a matéria prima. Portanto, cautela no atual momento é a minha posição.
É preciso estar muito atento para uma recuperação do mercaod, pois uma alta aparente em um ou mais dias, pode vir seguida de um tombo maior nos dias seguintes, como temos visto.
Quanto à pergunta da Tatiana sobre quanto tempo mais isso deve se arrastar, a resposta não me parece fácil. Bola de cristal não funciona.
O que devemos ter em conta é que a economia americana é por demais flexível para nos apontar surpresas, embora dessa vez a coisa esteja muito complicada. No entanto, a recuperação da economia americana, como vimos em crises anteriores, foi relativamente rápida. como exemplos, temos a crise quando do estouro da bolha das empresas ligadas à Internet. Demarcadas as variáveis que levaram à crise, a economia americana iniciou sua recuperação 3 meses depois, consolidando-a em 6 meses, ao passo que as economias européias, também afetadas, levaram 9 a 15 meses para a recuperação e o Japão ainda sofre até hoje. Tudo função da maior, ou menor flexibilidade das economias atingidas.
A favor dos EUA conta o fator de que, apesar de ser o país com maior deficit em balança comercial, maior deficit em contas públicas, altos e crescentes níveis de desemprego, possui um fator de atração de dinheiro internacional para seus títulos públicos que o tornam um país de "fácil" pelo fato de conseguir fazer caixa muito rápido. O dinheiro de todo o mundo vai para o mercado de títulos americanos, o dólar se fortalece e as coisas começam a tomar um rumo mais fácil para administrar.
Aqui pelo Brasil, ainda que nosso presidente diga que só deve ocorrer uma marolinha, contra a tsunamis americana, não podemos nos esquecer que o Brasil, tradicionalmente, é um país que não tem poupança interna, logo precisará fazer uso das reservas internacionais para cobrir os problemas do mercado financeiro de aqui, pois o dinheiro estrangeiro já iniciou sua retirada faz tempo e vai demorara a voltar.
por tudo isso, acredito que aplicar em Bolsa agora, seja arriscado e sem justificativa no curto, médio prazo.
Boa sorte e obrigado pelos comentários/consultas.
By LCDias, at 6/10/08 13:02
A época esta propicia para investir em ações da VALE ou da PETROBRÁS.
MANOEL SANTOS.
By Anônimo, at 20/11/08 12:57
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