Mais sobre Bolsa de Valores
Depois do que falei ontem, talvez seja conveniente dar um salto no tempo e passar a abordar outros assuntos. Com o passar de atuação no mercado de ações, continuei observando, anotando, estudando e, principalmente, prestando muita atenção nos humores do mercado. À época, ainda não se falava em globalização e tão pouco as empresas brasileiras operavam com ADR´s no mercado americano. Mas dava para sentir que o capital estrangeiro já atuava na Bolsa brasileira, de forma ainda tímida. Por aqui, na época, tínhamos duas frentes fortes, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) e a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) ainda não era conhecida.
Naquela época, estou me referindo à década de 80, a Bolsa já apresentava variações expressivas ao longo de alguns meses e novas máximas eram enfatizadas pelos analistas: "compre no boato e venda no fato (sexta lição), ou seja, a Bolsa sobe após o boato e cai quando o fato se verifica! Por que? Parece simples, embora não o seja tanto assim: quando aparece notícia sobre determinada empresa, com algum fundamento quando são olhados os indicadores da empresa, se eles são positivos, a notícia, ou boato, toma força e o pessoal sai comprando ações daquela empresa. Caso contrário, se os fundamentos não estão muito sólidos, dependendo do tipo de notícia, o valor das ações da empresa pode cair, ou permanecer no mesmo patamar. Sobre o tema, poderemos falar proximamente.
O que me chamou muita atenção, não sei precisar a época, foi quando a Bolsa de Valores estava em franca trajetória de alta e todo mundo comentava. Sem referência pejorativa, até os cabineiros de elevadores e motoristas de táxi falavam no assunto. Para mim, esta caracterizou-se como a sétima lição: "quando todos comentarem sobre Bolsa de Valores, se estiver comprado, venda imediatamente que a debacle está próxima". Nos dias de hoje, já estou com minhas barbas de molho, pois os jornais televisivos já começam a dar destaque à sucessiva quebra de recordes da Bolsa brasileira. Para reforçar, manchete de hoje no jornal O Globo à página 24 do caderno de economia, lê-se "Bolsa sobe 2% e rompe a barreira dos 45 mil pontos". Embora a notícia seja uma análise do que vem acontecendo no mercado, precisamos estar atentos. Por que? Vejamos.
Embora as Bolsas asiáticas tenham fechado em mais um dia de alta não tão expressiva quanto a alta verificada ontem, os principais mercados europeus abriram em baixa (França, Alemanha e Inglaterra). Isto sinaliza o quê? Nos últimos dias os mercados apresentavam alta consistente. Estaremos próximo de uma realização de lucros, com início de vendas? Minha avaliação é de que tal movimento seria altamente saudável para os mercados, pois as altas precisam ser consistentes com o panorama mundial e não alimentadas por impulsos.
Volto a comentar que os fundamentos da economia brasileira são bons. A economia americana continua crescendo. Então, o momento é propício para movimentos de alta, aliás como sempre ocorre em início de ano. Minha expectativa é de que o índice Bovespa alcance 46.000 pontos proximamente. Os ajustes são saudáveis e precisam vir. Em minha opinião, deverão ocorrer ainda ao longo do mês de janeiro, para uma retomada de altas logo em seguida. Olho vivo!
Falar de índices de Bolsa de Valores parece algo abstrato, muito embora exista os que defendam a validade da análise pois eles representam os negõcios com as ações mais importantes. Na realidade, os índices representam uma média ponderada dos negócios realizados nas Bolsas, visto que cada ação tem o seu volume de negociação diária, função direta do volume de papéis que estão sendo negociadosno mercado. Entendamos um pouco melhor como funciona os índices. Ontem (02/01/07) a Bolsa de Valores de São Paulo apresentou a nova composição do IBOVESPA, o índice da Bolsa paulista. Algumas ações sairam e outras entraram na composição do índice. A título de exemplo, para um melhor entendimento, as ações do Submarino (SUBA3) passaram a fazer parte do índice. Mas esta ação é negociada diariamente na faixa 400.000 lotes de mil ações, enquanto Petrobras, também integrante do índice e das mais negociadas diariamente na BOVESPA, negocia algo em torno de 5.000.000. Evidentemente que o IBOVESPA é muito influenciado pelos negócios com ações da Petrobras e pouco modificado pelas negociações atuais com as ações do Submarino. O lado reverso do quadro acima pintado também pode ocorrer, ou seja, as ações da Petrobras podem apresentar alguma queda no dia e o IBOVESPA subir porque a composição com um grande número de ações também permite compensações na formação diária do índice. E por aí vai.
Então, é prudente acompanhar a variação dos papéis de forma individualizada, deixando o IBOVESPA para avaliações macro do mercado.
Naquela época, estou me referindo à década de 80, a Bolsa já apresentava variações expressivas ao longo de alguns meses e novas máximas eram enfatizadas pelos analistas: "compre no boato e venda no fato (sexta lição), ou seja, a Bolsa sobe após o boato e cai quando o fato se verifica! Por que? Parece simples, embora não o seja tanto assim: quando aparece notícia sobre determinada empresa, com algum fundamento quando são olhados os indicadores da empresa, se eles são positivos, a notícia, ou boato, toma força e o pessoal sai comprando ações daquela empresa. Caso contrário, se os fundamentos não estão muito sólidos, dependendo do tipo de notícia, o valor das ações da empresa pode cair, ou permanecer no mesmo patamar. Sobre o tema, poderemos falar proximamente.
O que me chamou muita atenção, não sei precisar a época, foi quando a Bolsa de Valores estava em franca trajetória de alta e todo mundo comentava. Sem referência pejorativa, até os cabineiros de elevadores e motoristas de táxi falavam no assunto. Para mim, esta caracterizou-se como a sétima lição: "quando todos comentarem sobre Bolsa de Valores, se estiver comprado, venda imediatamente que a debacle está próxima". Nos dias de hoje, já estou com minhas barbas de molho, pois os jornais televisivos já começam a dar destaque à sucessiva quebra de recordes da Bolsa brasileira. Para reforçar, manchete de hoje no jornal O Globo à página 24 do caderno de economia, lê-se "Bolsa sobe 2% e rompe a barreira dos 45 mil pontos". Embora a notícia seja uma análise do que vem acontecendo no mercado, precisamos estar atentos. Por que? Vejamos.
Embora as Bolsas asiáticas tenham fechado em mais um dia de alta não tão expressiva quanto a alta verificada ontem, os principais mercados europeus abriram em baixa (França, Alemanha e Inglaterra). Isto sinaliza o quê? Nos últimos dias os mercados apresentavam alta consistente. Estaremos próximo de uma realização de lucros, com início de vendas? Minha avaliação é de que tal movimento seria altamente saudável para os mercados, pois as altas precisam ser consistentes com o panorama mundial e não alimentadas por impulsos.
Volto a comentar que os fundamentos da economia brasileira são bons. A economia americana continua crescendo. Então, o momento é propício para movimentos de alta, aliás como sempre ocorre em início de ano. Minha expectativa é de que o índice Bovespa alcance 46.000 pontos proximamente. Os ajustes são saudáveis e precisam vir. Em minha opinião, deverão ocorrer ainda ao longo do mês de janeiro, para uma retomada de altas logo em seguida. Olho vivo!
Falar de índices de Bolsa de Valores parece algo abstrato, muito embora exista os que defendam a validade da análise pois eles representam os negõcios com as ações mais importantes. Na realidade, os índices representam uma média ponderada dos negócios realizados nas Bolsas, visto que cada ação tem o seu volume de negociação diária, função direta do volume de papéis que estão sendo negociadosno mercado. Entendamos um pouco melhor como funciona os índices. Ontem (02/01/07) a Bolsa de Valores de São Paulo apresentou a nova composição do IBOVESPA, o índice da Bolsa paulista. Algumas ações sairam e outras entraram na composição do índice. A título de exemplo, para um melhor entendimento, as ações do Submarino (SUBA3) passaram a fazer parte do índice. Mas esta ação é negociada diariamente na faixa 400.000 lotes de mil ações, enquanto Petrobras, também integrante do índice e das mais negociadas diariamente na BOVESPA, negocia algo em torno de 5.000.000. Evidentemente que o IBOVESPA é muito influenciado pelos negócios com ações da Petrobras e pouco modificado pelas negociações atuais com as ações do Submarino. O lado reverso do quadro acima pintado também pode ocorrer, ou seja, as ações da Petrobras podem apresentar alguma queda no dia e o IBOVESPA subir porque a composição com um grande número de ações também permite compensações na formação diária do índice. E por aí vai.
Então, é prudente acompanhar a variação dos papéis de forma individualizada, deixando o IBOVESPA para avaliações macro do mercado.
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