Ainda sobre Petrobras e Vale do Rio Doce

Em fevereiro de 2007 coloquei aqui um post com o título "Ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce". A finalidade era mostrar a situação dos papéis das duas empresas em seus setores no mercado acionário, em vista de constantes comentários ouvidos de "gente do mercado" dizendo que as ações da Petrobras iriam apresentar ganhos significativos em futuro próximo, levando os papéis da empresa aos níveis históricos frente aos papéis da Vale do Rio Doce. Ou seja, iriam atingir cotações tais que, até o final do ano, ultrpassaria as cotações das ações da Vale, com folga.
O que aconteceu desde então? Nada que mudasse a incômoda situação das ações da Petrobras, embora seja um dos papéis mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo.
Assim vejamos. Comparemos apenas o período compreendido entre 20/07/07 (início da decorracada das Bolsas de Valores em todo o mundo, com o problema das subprimes nos EUA)) e 21/08/07 (data de início da recuperação das Bolsas), com uma esticada até 24/08/07, ontem (dia de aparente consolidação da recuperação - vamos aguardar um pouco mais!).
Entre 20/07 e 21/07, os papéis da Petrobras perderam 19% de seu valor na BOVESPA, enquanto as ações da Vale perdiam 13%. Já no período de recuperação das Bolsas de Valores, entre 21/08 e 24/08, as ações da Petrobras subiram 7,7%, ao passo que as ações da Vale do Rio Doce apresentaram um ganho de 11%. Assim, a distância relativa dos preços dos papéis das duas empresas passaram de uma diferença relativa de 44% em 20/07, para 55% em 21/08, chegando a 57%, em 24/08, sempre favorável aos ativos da Vale. Nada animador para os investidores em Petrobras.
Como podem ver, a situação relativa dos dois ativos não mudou significativamente desde que coloquei o primeiro post em fevereiro de 2007. Acredito mesmo, que no período, os papéis da vale do Rio Doce conseguiram melhor desempenho.
Minha opinião é de que a situação não deve se alterar a médio prazo, até porque já é sinalizado um aumento no preço do minério de ferro para 2008, no mercado internacional, por volta de 20%. E os preços da Petrobras, como andam? E as espesas para fazer frente aos acordos com o fundo de pensão Petros? Daí dairá um lucro melhor? Não creio.
Então amigos, olho vivo sobre os dois papéis e boa sorte!