Quinta-feira, Outubro 25, 2007

Finanças e patrimônio

Não vou falar de Bolsa de Valores. Pensei um pouco e resolvi postar sobre finanças e patrimônio, já que, nos dias de hoje, todo cuidado tem se mostrado pouco com nosso dinheiro, nossas economias.
A primeira abordagem refere-se às facilidades que as instituições financeiras, e mesmo as comerciais, estão oferecendo atualmente a clientes, ou não.
Vejam o exemplo: ontem minha esposa recebeu um telefonema da central de relacionamento do Ponto Frio, cadeia de lojas do segmento de varejo, oferecendo um cartão de crédito da bandeira Mastercard, sem anuidade. A proposta é de que o cartão é oferecido para compras na rede de lojas, ou fora dela, acúmulo de pontos (bônus) diferenciados para cada situação. Minha esposa argumentou que não possui renda e o agente disse que poderia ser utilizada a renda do esposo como referência. Muito interessante! Quem não tem renda pode receber um cartão de crédito, tendo como base a renda de outra pessoa, sem declaração de avaliação de cadastro, ou outra referência (contra-cheque, por exemplo). A base para a oferta é uma compra realizada em priscas eras em uma das lojas da rede Ponto Frio. Mas qual a vantagem para o ofertante? Estímulo a compras, e o
famoso seguro contra roubo (R$ 3,00 por cartão emitido), ´pe uma das respostas. Há que se tomar cuidado!
Outro item que pode mexer com as finanças de qualquer mortal é a facilidade de saque nos caixas eletrônicos da rede bancária. Em recente levantamento realizado pelo IDEC - Instituto de Defesa do Consumidor, ficou constatdo que os práticos caixas eletrônicos podem levar os clientes dos bancos a gastar mais do que pensam. Isto porque, alguns bancos oferecem a seus clientes, ao final da operação de saque, alguma praticidade adicional: empréstimos, seguros, títulos de aplicação, e outros produtos mais, que normalmente o cliente não precisa, mas é levado a optar, por impulso, tal como a compra em um supermercado. Isso sem contar as tarifas cobradas pelos bancos para saque, que nem sempre o cliente se lembra. Essas tarifas podem variar de pouco mais de R$ 1,00, a pouco menos de R$ 2,50.
Precisamos estar constantemente preocupados com nossas finanças, pois, afinal de contas, é o que garante a tranqüilidade do dia-a-dia.
A mestre em economia Eliana Bussinger, em recente palestra na Expomoney, em São Paulo, lembrou que "todas as escolhas financeiras que fazemos refletem em algum momento em nossas vidas". Ela lembrou ainda que os cuidados a serem tomados quando administramos nossas finanças envolvem os palpites e modismos dos amigos, parentes e especialistas sobre as formas como gastamos ou aplicamos nosso sagrado dinheirinho. Também devem ser tomados cuidados com o acompanhamento permanente das planilhas de orçamento, receitas, despesas e investimentos, de forma a manter o equilíbrio financeiro.
Conforme já ventilado acima, o impulso, ou a compulsão por compras deve ser constantemente monitorada, verificando sempre se a necessidade de um produto que está em promoção é real; se o preço apresentado está dentro da realidade do mercado, e por aí vai.
Temos que ter sempre em mente que não existe milagre, nem almoço de graça.
Por trás de toda boa oferta, sempre existe um custo embutido, se não no curto prazo, quem sabe no longo prazo? Veja o caso dos planos de fidelidade ofertados por alguns prestadores de serviços.

Mas e o nosso patrimônio? Qual deve ser? Thomas J. Stanley e William D. Danko, no livro "O Milionário mora ao lado", apresentam uma fórmula bastante simples para cálculo da expectativa de patrimônio, conforme a renda e a idade para cada pessoa. Eu, particularmente, vejo a proposta como muito simples, talvez válida para a economia americana. Mas vamos lá, não custa conhecer a metodologia proposta.
A fórmula mágica para cálculo do patrimônio que devemos acumular diz que devemos multiplicar a renda anual pela idade atual e, em seguida, dividir o resultado por dez. Por que dividir por dez? Não sei a resposta!
Um exemplo: supondo uma pessoa que tenha, hoje, 30 anos e tenha uma renda anual de R$ 60 mil. Assim, multiplicando-se 30 anos por R$ 60 mil, encontra-se 1.800, dividindo-se por 10, obteremos 180, ou seja, o patrimônio dessa pessoa deve ser de R$ 180.000,00, aos 30 anos.
Assim, podem ser feitas diversas projeções para patrimônio, dependendo da renda anual da pessoa interessada e da idade projetada. Faça sua projeção!
Então, amigos, se deseja ter bens duráveis, ou não e ainda está longe de seus objetivos, poupe adequadamente e lembre-se de que nada cai do céu. Trabalho, esforço e disciplina são ingredientes básicos para uma vida financeira tranqüila. Invista com cuidado, mas antes, invista em você, nos seu conhecimento, nos seus relacionamentos, tenha fé em Deus e creia que só Ele é capaz de lhe conceder tudo o quê você merece. Seja feliz. Pode parecer papo de auto-ajuda, mas sugiro que raciocinem, olhem em seu meio, olhem ao lado e vejam que felicidade não é ter o carro do ano ou o palacete imaginado em sonhos.
Trabalhe e creia em Deus!

 
 

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