Gosto muito das previsões econômicas!
Pois é, gosto muito das previsões dos economistas para os diversos mercados. Pena que elas, nem sempre, são compatíveis com a realidade que ocorrerá á frente. A primeira que tive contato recente, tem aqui alguns trechos reproduzidos e constam do mais recente relatório de estimativas da equipe de pesquisa econômica global do Scotiabank Group, o International Views.
Fontes: Scotian Bank; PR Newswire Latin America.
"O crescimento econômico mundial vai desacelerar no ano que vem, conforme os efeitos da crise do mercado imobiliário de alto risco (subprime) repercutirem nos mercados financeiros", disse Pablo Bread, vice-presidente e diretor de pesquisa internacional do Scotiabank. "O forte impulso de crescimento em importantes mercados emergentes, tais como a China, Índia e Rússia compensará, em parte, um crescimento mais lento dos países do G7, o que contribuirá para corrigir desequilíbrios mundiais antigos. A restrição do crédito mundial subseqüente poderá também promover um processo saudável, ainda que volátil, de repactuação do risco nos mercados high grade e high yeld (alta qualidade e alta rentabilidade)."
América Latina: melhor governança, com o crescimento de setores financeiros locais e o crescimento cíclico aumentam a capacidade de resistência aos choques econômicos e financeiros oriundos dos EUA.
Na América Latina, uma melhor sustentabilidade de débito, reservas internacionais consideráveis e desenvolvimento dos setores financeiros oferecem uma proteção quanto ao impacto da crise do mercado imobiliário de alto risco dos Estados Unidos. Uma forte demanda interna também reforça a sensação de capacidade de resistência aos choques econômicos vindos dos EUA. O México vai se fortalecer aperfeiçoando o que é fundamental - no que se refere a uma liderança mais forte, aprofundamento das reformas fiscais e o desenvolvimento de um mercado de crédito local - e com um aumento do investimento estrangeiro direto e altos preços do petróleo.
A influência dos mercados emergentes em determinar a extensão do ciclo econômico mundial está aumentando. Alguns países nas Américas em desenvolvimento estão sendo decisivos para a promoção de mudanças institucionais e para o desenvolvimento econômico na região. O Brasil emergiu com uma importante força no hemisfério, com uma forte presença diplomática e no setor de manufatura (grifo meu!). O México continua aprofundando sua integração com base ampla com uma zona econômica norte-americana ampliada. O Chile tornou-se um modelo de força institucional regional e um portal comercial confiável para a região Sudeste Asiático/Pacífico. A Argentina - um destino turístico cada vez mais popular - deixará provavelmente para trás seu isolamento dos mercados financeiros mundiais com o novo governo que assumirá o poder em breve. A influência da Venezuela nos principais países da América Latina está diminuindo.
Europa: encarando o duplo desafio de apreciação da moeda e desaceleração econômica conforme o ciclo de restrição monetária chega ao seu ápice.
O advento de uma liderança forte nos principais países, tais como Alemanha e França aponta para uma unidade regional mais forte em termos de política estrangeira e econômica. A questão da segurança da energia continuará sendo um aspecto delicado, considerando-se a intensificação do controle da Rússia do setor de energia. Com o governo de Nicolas Sarkosy, a França desempenhará provavelmente um papel mais ativo, e talvez de mais confronto, nos debates mundiais. A eurozona continuará se expandindo, com a inclusão de Chipre e Malta em 2008. Os conflitos na Turquia e no Norte do Iraque podem aumentar o risco político, mas não deverão prejudicar o ritmo de implementação das reformas estruturais. Entre as principais economias européias em desenvolvimento, a Rússia - o maior produtor mundial de petróleo e gás natural - continuará colhendo os frutos do recente aumento dos preços de energia, conforme continuar registrando números de crescimento semelhantes aos do leste asiático.
Ásia: a Ásia emergente continuará dando o tom durante 2008. Liderada pela China, a Ásia emergente continuará dando o tom durante 2008, apesar de serem nítidos os sinais de uma modesta desaceleração. Em geral, verifica-se uma gradual transição, passando-se do crescimento com exportação para um crescimento com base interna.
Grandes superávits comerciais na maior parte da região ajudaram a reduzir o impacto negativo do aumento súbito do preço do petróleo. Apesar da sua vulnerabilidade, a China fortalecerá sua liderança econômica regional para uma correção do mercado financeiro. Os Jogos Olímpicos, marcados para agosto de 2008, serão uma mostra da influência mundial do país; mas a Índia e o Japão continuarão sendo forças regionais importantes contribuindo para promover uma zona econômica pan-asiática integrada. O desenvolvimento do setor financeiro e do mercado de títulos mobiliários da China continuará, mas receios com a bolha de ativos poderão surgir, causados por ajustes do preço dos ativos em países desenvolvidos. Consideradas juntas, a reservas de moeda estrangeira asiáticas totalizam cerca de US$ 4 trilhões, dada a enorme influência da região sobre os mercados de títulos mobiliários e moeda. Incertezas eleitorais na Índia e no Japão, choques de governança na Tailândia e no Paquistão e a deterioração das condições de segurança no Afeganistão poderão influenciar o perfil de risco geográfico durante 2008.
O International Views é um relatório emitido quatro vezes ao ano pela equipe de pesquisa econômica global do Scotiabank Group. Fornecendo insights exclusivos sobre os ambientes econômicos e políticos em 34 países, representando 90% do PIB total, o International View é um dos vários relatórios de pesquisa mundiais preparados pela equipe de pesquisa econômica global do Scotiabank Group. O relatório completo pode ser acessado on-line em www.scotiabank.com.
Fontes: Scotian Bank; PR Newswire Latin America.
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