E a crise?

Depois de algum tempo observando o comportamento dos mercados, lendo e ouvindo opinioes e pareceres de especialistas (coisa que não falta em momentos como os atuais), volto hoje para dar meu pitaco sobre toda a confusão que já faz tempo se estende.
Depois dos sub-prime, depois da quebradeira dos bancos americanos e seguradoras, depois de falarem inúmeras vezes que no próximo mês (qual?) os EUA entrariam em recessão, o que se houve agora é que praticamente todo o mundo está em recessão!
Então alguns experts dizem: se a China não crescer pelo menos 8% no próximo ano, o mundo estará arruinado. É proposta a reunião do G-20 e começam a dizer que o Obama não comparece e esá se omitindo. A reunião do G-20 em São Paulo concluiu que os governos de todos os países (incluindo os emergentes) devem investir pesadamente para garantia de emprego e reativação da economia; os juros também deveriam baixar em todo o mundo, foi outra recomendação. Mas recomendações nada mais são do que declarações de boas intenções, pois cada governo bem sabe onde o sapato lhe aperta e quais os interesses políticos em jogo.
Sim, muito bonito, mas e a Bolsa. Como está, ou ficará?
Vamos fazer uma avaliação do que aconteceu depois do início da profunda queda verificada a partir de 26/5/08. A Bolsa veio em queda brusca até 08/07. A partir daí, começaram ensaios de repique, todos sem confirmação. No entanto, foi possível observar um movimento de certa acumulação no período compreendido entre esta data e 04/09. A partir daí, mais queda, até 27/10.
Aqui vale a pena uma observação: no período entre 10/10 e e 22/10, o noticiário americano apresentava uma vantagem consolidada de Obama sobre McCain, na casa dos 7%, e uma pequena nova acumulação foi verificada, seguindo-se uma queda por três pregões, até 27/10, quando o noticiário voltou a dar fortes indicativos de que Obama seria o próximo presidente americano. Resultado: cinco pregões consecutivos de altas expressivas, até 04/11, dia de eleição americana. Do dia 05/08 para a frente, e até a última quinta-feira, mais algumas quedas. Hoje, quando preparo esse post, a alta di índica Bovespa já está na casa de 4,2%, acompanhando o mercado mundial.
Mas o que muito me chama atenção, é o fato de os valores das ações estarem oscilando muito (bem sei que o mercado está altamente volátil). O fato é que as altas e as baixas dos papéis são tão expressivos dentro de um mesmo pregão, que foi completamente perdido o elo entre a realidade das empresas e dos segmentos de mercado onde cada uma atua, com o preço das ações na Bolsa. Vemos movimentos que nada dizem respeito a um específico fato ocorrido com a empresa A, ou com a empresa B, ou com o segmento onde atuam.
Para onde estaremos caminhando? Ao sabor dos especuladors de plantão que cada vez mais determinam o rumo de seus ganhos, atraindo os incautos pequenos investidores?
Dá o que pensar. Vamos ver como terminará o dia hoje. Boa sorte para todos!