O balanço do ano no mercado de Bolsa de Valores
Muito bem, o ano praticamente terminou. A BOVESPA encerrou seus trabalhos no dia 23/12, deve voltar amanhã. Depois funciona segunda e terça-feira, interrompe o pregão na quarta e quinta voltando sexta-feira, já em 2009, o que nos leva a imaginar que pregão de verdade só começaremos a ter no dia 5 de janeiro, primeira segunda-feira do ano. Digo isso, porque os volumes que temos visto na BOVESPA são baixíssimos. Então, vamos nos preparar para o próximo ano. Não nos esqueçamos de acompanhar o mercado pelo mundo nestes últimos dias do ano, principalmente na Ásia, porque lá eles continuam operando. Hoje, 25 de dezembro, a Bolsa de Tóquio operou, fechando com alta de 0,97%, talvez como reflexo do mega orçamento aprovado pelo governo japonês para 2009-2010 (US$ 976,812 bilhões), o maior da história japonesa, com o objetivo de enfrentar a crise financeira internacional; a Bolsa de Shangai também operou, mas fechou em baixa de 0,61%. Hong Kong não operou hoje.
Aqui no Brasil, passamos por um ano complicado, muito embora, em minha avaliação, os grandes reflexos da crise internacional ainda não tenham afetado significativamente os negócios. Digo, ainda, não com conotação pessimista do tipo: olhem a coisa vai piorar, mas precisamos estar preparados. Minha avaliação da situação leva a crer que em 2009, teremos poderemos ver pela frente alguma coisa semelhante ao que vem acontecendo pelo mundo: queda do nível de emprego, falta de crédito, redução dos mercados internacionais para os produtos brasileiros exportados e por aí vai. Já recebemos o primeiro dado relativo ao nível de emprego no Brasil: 40.000 vagas com carteira assinada foram reduzidas, justo numa época em que a demanda deveria exigir das empresas mais mão-de-obra; a indústria, em geral, já não produz com a mesma euforia do primeiro semestre.
Foi um ano bom, mas com muitos percalços.
No início do ano, em janeiro, as corretoras de valores nacionais e internacionais apresentavam projeções sobre o IBOVESPA, apontando para um fechamento em 2008 próximo dos 80.000 pontos. Naquela época o índice estava a 62.815 pontos, com um volume financeiro de R$ 4.766.543.360. Dia 23/12/08, o índice fechou aos 36.470 pontos e o volume financeiro chegou a R$ 1.925.724.940. Minha expectativa é de que fiquemos com o índice entre 30.000 e 35.000 pontos, ao final do ano. Uma defasagem de mais de 50% em relação às previsões do início do ano. Puro reflexo de tudo de ruim que aconteceu com a economia mundial, a partir da crise dos sub-prime, nos EUA
Vimos o barril do petróleo ser negociado próximo de US$ 160, estando hoje por volta dos US$ 37; assistimos a grande quebradeira de instituições financeiras nos EUA, na Europa e na Ásia. As grandes montadoras americanas de automóveis estão à beira da falência, recebendo socorro de US$ 17 bilhões do governo americano. A falta de crédito para o setor produtivo é uma constante em todo o mundo; os bancos não querem correr grandes riscos. A recessão está declarada na maior parte do mundo. Então amigos, precisamos sim, colocar nossas barbas de molho.
A Bolsa de Valores de São Paulo não fugiu à regra mundial e, como dito anteriormente, despencou feio. Para visualizarmos o acontecido, apresento o gráfico do IBOVESPA que utilizo em minhas análises, para que tenham uma melhor idéia do que aconteceu.
O que está mostrado no gráfico é a grande queda, com a formação de um canal de baixa desde 29 de maio de 2008, que se estendeu até 27/10/2008 (linhas paralelas, em azul), quando o movimento de baixa cessou após atingir os 29.435 pontos.
Para visualizar melhor o gráfico, clique sobre ele para aumentar a imagem.
A partir daí formou-se um triângulo assimétrico (em verde na figura) que poderia indicar uma mudança na tendência de baixa, quando fosse rompido, para cima, rompendo também a Linha de Tendência de Baixa (LTB), representada no gráfico pela reta azul superior do canal de baixa. O rompimento efetivamente aconteceu, em uma posição que poderia indicar realmente uma mudança da tendência (em 08/12/2008). Olhando no gráfico, tão somente a formação do triângulo e seu rompimento, poderíamos projetar uma tendência de alta, com o índice chegando aos 47.079 pontos, por volta de 12/12/2008 (retas vermelhas no gráfico) e chegando a encontrar uma das fortes resistências indicadas pelo gráfico, justamente neste ponto. Aí, já seria um belo ganho, dadas ás circunstâncias que o mercado vive. Acontece que a análise gráfica não permite conclusões definitivas olhando-se somente um indicador, ou uma formação gráfica. Vários outros indicadores e fatores, até externos ao mercado, mas com influência direta na economia exercem forte influência sobre os negócios em Bolsa. O quadro geral não permitiu que o avanço fosse consolidado: baixos volumes financeiros, fatores internacionais, manutenção da taxa de juros no Brasil, e por aí vai.
Um dado que podemos até considerar como positivo, que pode influenciar o quadro geral é que o fluxo de entrada de capital estrangeiro na BOVESPA tem dado sinais de reaproximação dos estrangeiros ao mercado brasileiro, muito embora o balanço entrada vs saída ainda esteja ligeiramente negativo.
Foi dessa forma que vi o ano que passou. Torçamos para que as medidas econômico-financeiras propostas pelo mundo tragam uma mudança do cenário atual e, quem sabe, o Brasil passe raspando nesta prova e lá pelo segundo semestre de 2009 os investidores em Bolsa, no Brasil principalmente, possam voltar a sorrir, não de desespero, mas de alegria.
Um bom ano de 2009 para todos. Tenho Fé que Deus estará ao nosso lado.
Aqui no Brasil, passamos por um ano complicado, muito embora, em minha avaliação, os grandes reflexos da crise internacional ainda não tenham afetado significativamente os negócios. Digo, ainda, não com conotação pessimista do tipo: olhem a coisa vai piorar, mas precisamos estar preparados. Minha avaliação da situação leva a crer que em 2009, teremos poderemos ver pela frente alguma coisa semelhante ao que vem acontecendo pelo mundo: queda do nível de emprego, falta de crédito, redução dos mercados internacionais para os produtos brasileiros exportados e por aí vai. Já recebemos o primeiro dado relativo ao nível de emprego no Brasil: 40.000 vagas com carteira assinada foram reduzidas, justo numa época em que a demanda deveria exigir das empresas mais mão-de-obra; a indústria, em geral, já não produz com a mesma euforia do primeiro semestre.
Foi um ano bom, mas com muitos percalços.
No início do ano, em janeiro, as corretoras de valores nacionais e internacionais apresentavam projeções sobre o IBOVESPA, apontando para um fechamento em 2008 próximo dos 80.000 pontos. Naquela época o índice estava a 62.815 pontos, com um volume financeiro de R$ 4.766.543.360. Dia 23/12/08, o índice fechou aos 36.470 pontos e o volume financeiro chegou a R$ 1.925.724.940. Minha expectativa é de que fiquemos com o índice entre 30.000 e 35.000 pontos, ao final do ano. Uma defasagem de mais de 50% em relação às previsões do início do ano. Puro reflexo de tudo de ruim que aconteceu com a economia mundial, a partir da crise dos sub-prime, nos EUA
Vimos o barril do petróleo ser negociado próximo de US$ 160, estando hoje por volta dos US$ 37; assistimos a grande quebradeira de instituições financeiras nos EUA, na Europa e na Ásia. As grandes montadoras americanas de automóveis estão à beira da falência, recebendo socorro de US$ 17 bilhões do governo americano. A falta de crédito para o setor produtivo é uma constante em todo o mundo; os bancos não querem correr grandes riscos. A recessão está declarada na maior parte do mundo. Então amigos, precisamos sim, colocar nossas barbas de molho.
A Bolsa de Valores de São Paulo não fugiu à regra mundial e, como dito anteriormente, despencou feio. Para visualizarmos o acontecido, apresento o gráfico do IBOVESPA que utilizo em minhas análises, para que tenham uma melhor idéia do que aconteceu.
O que está mostrado no gráfico é a grande queda, com a formação de um canal de baixa desde 29 de maio de 2008, que se estendeu até 27/10/2008 (linhas paralelas, em azul), quando o movimento de baixa cessou após atingir os 29.435 pontos.
Para visualizar melhor o gráfico, clique sobre ele para aumentar a imagem.
A partir daí formou-se um triângulo assimétrico (em verde na figura) que poderia indicar uma mudança na tendência de baixa, quando fosse rompido, para cima, rompendo também a Linha de Tendência de Baixa (LTB), representada no gráfico pela reta azul superior do canal de baixa. O rompimento efetivamente aconteceu, em uma posição que poderia indicar realmente uma mudança da tendência (em 08/12/2008). Olhando no gráfico, tão somente a formação do triângulo e seu rompimento, poderíamos projetar uma tendência de alta, com o índice chegando aos 47.079 pontos, por volta de 12/12/2008 (retas vermelhas no gráfico) e chegando a encontrar uma das fortes resistências indicadas pelo gráfico, justamente neste ponto. Aí, já seria um belo ganho, dadas ás circunstâncias que o mercado vive. Acontece que a análise gráfica não permite conclusões definitivas olhando-se somente um indicador, ou uma formação gráfica. Vários outros indicadores e fatores, até externos ao mercado, mas com influência direta na economia exercem forte influência sobre os negócios em Bolsa. O quadro geral não permitiu que o avanço fosse consolidado: baixos volumes financeiros, fatores internacionais, manutenção da taxa de juros no Brasil, e por aí vai.
Um dado que podemos até considerar como positivo, que pode influenciar o quadro geral é que o fluxo de entrada de capital estrangeiro na BOVESPA tem dado sinais de reaproximação dos estrangeiros ao mercado brasileiro, muito embora o balanço entrada vs saída ainda esteja ligeiramente negativo.
Foi dessa forma que vi o ano que passou. Torçamos para que as medidas econômico-financeiras propostas pelo mundo tragam uma mudança do cenário atual e, quem sabe, o Brasil passe raspando nesta prova e lá pelo segundo semestre de 2009 os investidores em Bolsa, no Brasil principalmente, possam voltar a sorrir, não de desespero, mas de alegria.
Um bom ano de 2009 para todos. Tenho Fé que Deus estará ao nosso lado.
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