Voltando a falar sobre Bolsa
Estamos diante de uma retomada de alta consistente na Bolsa de Valores de São Paulo? Pergunta de difícil resposta. No entanto, algumas considerações podem e devem ser feitas, para melhor ilustrar o momento bursátil.
De 3 de março de 2009, até o último pregão de maio (29;05), o índice BOVESPA cresceu 47,8%; só no mês de maio foram expressivos 12,5% (vejam gráfico; clique para ampliar).
Pois bem, este foi o comportamento do índice. Mas e os papéis que compõem o índice? Tiveram semelhante valorização? Não nos esqueçamos de que no período maio-agosto de 2009, o índice é composto por cerca de 55 papéis de empresas de diferentes portes e de vários segmentos do mercado.
Vejamos a variação de alguns papéis no período 03/03/2009 a 29/05/2009. Petrobras PN variou 16,45%; Vale PNA apresentou valorização de 6,53%; Cemig PN recuou 0,6%; Bradesco PN avançou 14,29%; AMBEV PN avançou 4,76% e Siderúrgica Nacional ON avançou 19,77%.
Conforme podemos ver pelos números acima, quando se fala que a Bolsa valorizou ou desvalorizou em um determindo período, na realidade está sendo falado do avanço, ou recuo do IBOVESPA, o que não traduz o comportamento das ações que compõem o índice. Isto ocorre porque o índice tem uma metodologia de constituição e aferição que inclui as ações com maior peso nas negociações em um período anterior, porém cada papel tem um peso diferente na composição do índice. Por exemplo, Petrobras e Vale juntas, representam quase 30% de participação na composição do índice; Petrobras com 16,605% e Vale com 12,155%. Depois das duas, o papel com maior peso no índice é Itaú PN, com meros 5,909%. Cemig PN, um outro exemplo, particia do índice com apenas 1,672%, enquanto AMBEV PN tem 1,104% de participação e Light ON, 0,220%. Assim, é necessário ter muito cuidado quando se ouve dizer que a Bolsa subiu, ou desceu x%. É conveniente que se considere papel por papel, sem o quê pode-se estar incorrendo em resultados não compatíveis com a realidade. Estou comentando isto para dizer que a análise do comportamento da Bolsa vai muito além do que a avaliação do índice, ou mesmo de um determinado papel.
Existem vários indicadores que devem ser acompanhados com cuidado, principalmente de um tempo para cá, quando a Bolsa de São Paulo se apresenta fortemente vinculada à Bolsa de Nova Iorque, muito embora, em algumas ocasiões, analistas levantem a possibilida de descolamento das duas Bolsas, favorável à Bolsa brasileira.
Dentre os indicadores que estão tomando corpo no mercado brasileiro está o fluxo das 10 corretoras estrangeiras que mais operam no mercado brasileiro. Christian Cayre, do CHR Investor, vem desenvolvendo estudos sobre tal indicador, com resultados interessantes.
Ele nos mostra que até o mês de maio o fluxo de entrada de capital estrangeiro ficou positivo em cerca de R$ 5,6 bilhões. Na semana passada, o fluxo das 10 maiores corretoras apresentou saldo positivo para os seguintes papéis: PETR4 = R$ 235.671.400; GGBR4 = R$ 199.678.900; BVMF3 = R$ 196.188.700; BBDC4 = R$ 121.215.000; CSNA3 = R$ 116.332.600; USIM5= R$ 77.863.400; USIM3 = R$ 57.414.900; VALE3 = R$ 52.499.200; PETR3 = R$ 46.300.000 e PRGA3 = R$ 43.979.500. Já pelo lado de saldo negativo, tem-se: BBDC3 = R$ (187.550.600); VALE5 = R$ (174.113.300); LREN3 = R$ (98.705.100); GFSA3 = R$ (88.782.200); TAMM4 = R$ (60.505.200); NATU3 = R$ (37.179.200); ALLL11 = R$ (30.800.000); BRTP3 = R$ (26.450.300); SDIA4 = R$ (22.600.000) e LOGN3 = R$ (19.622.400).
Assim, com este indicador, podemos ter uma ideia muito boa de como os investidores estrangeiros estão vendo o mercado acionário brasileiro e quais papéis são mais comprados ou mais vendidos.
Por outro lado, a economia mundial começa a dar sinais de recuperação. Com que consistência? Só o tempo dirá. Acredito que alguma volatilidade ainda poderá ocorrer no mercado brasileiro, mas acredito que o segundo semestre será melhor do que o primeiro. Com base em quê posso trasnmitir este meu otimismo?
Vejamos alguns indicadores bem recentes na economia global, conhecidos no final da semana passada e hoje. A produção industrial no Japão registrou uma alta de 5,2% em abril, a maior alta em 60 anos e uma possível indicação de recuperação da economia japonesa; pela primeira vez em 6 meses, o barril de petróleo fechou a US$ 66,31 em Nova York. Será um sinal de maior demanda? É provável; após revisão, o PIB dos Estados Unidos contraiu 5,7% (contra os 6,1% mensurados previamente).
Indicadores nos EUA saídos hoje: Renda Pessoal +0,5%; expect. -0,2%; gastos pessoais -0,2%; expect. -0,1%. (dados de Abril); PCE de abril +0,4%, dentro das expectativas; ISM de manufaturados de maio sobe a 42,8, ante 40,1 em abril; gastos com construção crescem +0,8%, previsão era de uma queda de 0,9%.
ATENÇÃO: CHR Investor informa, S&P500 testando média móvel de 200 períodos. Pode ser um divisor de águas!!!!! Como podem ver, o futuro parece promissor. Acompanhemos!!!
De 3 de março de 2009, até o último pregão de maio (29;05), o índice BOVESPA cresceu 47,8%; só no mês de maio foram expressivos 12,5% (vejam gráfico; clique para ampliar).
Pois bem, este foi o comportamento do índice. Mas e os papéis que compõem o índice? Tiveram semelhante valorização? Não nos esqueçamos de que no período maio-agosto de 2009, o índice é composto por cerca de 55 papéis de empresas de diferentes portes e de vários segmentos do mercado.
Vejamos a variação de alguns papéis no período 03/03/2009 a 29/05/2009. Petrobras PN variou 16,45%; Vale PNA apresentou valorização de 6,53%; Cemig PN recuou 0,6%; Bradesco PN avançou 14,29%; AMBEV PN avançou 4,76% e Siderúrgica Nacional ON avançou 19,77%.
Conforme podemos ver pelos números acima, quando se fala que a Bolsa valorizou ou desvalorizou em um determindo período, na realidade está sendo falado do avanço, ou recuo do IBOVESPA, o que não traduz o comportamento das ações que compõem o índice. Isto ocorre porque o índice tem uma metodologia de constituição e aferição que inclui as ações com maior peso nas negociações em um período anterior, porém cada papel tem um peso diferente na composição do índice. Por exemplo, Petrobras e Vale juntas, representam quase 30% de participação na composição do índice; Petrobras com 16,605% e Vale com 12,155%. Depois das duas, o papel com maior peso no índice é Itaú PN, com meros 5,909%. Cemig PN, um outro exemplo, particia do índice com apenas 1,672%, enquanto AMBEV PN tem 1,104% de participação e Light ON, 0,220%. Assim, é necessário ter muito cuidado quando se ouve dizer que a Bolsa subiu, ou desceu x%. É conveniente que se considere papel por papel, sem o quê pode-se estar incorrendo em resultados não compatíveis com a realidade. Estou comentando isto para dizer que a análise do comportamento da Bolsa vai muito além do que a avaliação do índice, ou mesmo de um determinado papel.
Existem vários indicadores que devem ser acompanhados com cuidado, principalmente de um tempo para cá, quando a Bolsa de São Paulo se apresenta fortemente vinculada à Bolsa de Nova Iorque, muito embora, em algumas ocasiões, analistas levantem a possibilida de descolamento das duas Bolsas, favorável à Bolsa brasileira.
Dentre os indicadores que estão tomando corpo no mercado brasileiro está o fluxo das 10 corretoras estrangeiras que mais operam no mercado brasileiro. Christian Cayre, do CHR Investor, vem desenvolvendo estudos sobre tal indicador, com resultados interessantes.
Ele nos mostra que até o mês de maio o fluxo de entrada de capital estrangeiro ficou positivo em cerca de R$ 5,6 bilhões. Na semana passada, o fluxo das 10 maiores corretoras apresentou saldo positivo para os seguintes papéis: PETR4 = R$ 235.671.400; GGBR4 = R$ 199.678.900; BVMF3 = R$ 196.188.700; BBDC4 = R$ 121.215.000; CSNA3 = R$ 116.332.600; USIM5= R$ 77.863.400; USIM3 = R$ 57.414.900; VALE3 = R$ 52.499.200; PETR3 = R$ 46.300.000 e PRGA3 = R$ 43.979.500. Já pelo lado de saldo negativo, tem-se: BBDC3 = R$ (187.550.600); VALE5 = R$ (174.113.300); LREN3 = R$ (98.705.100); GFSA3 = R$ (88.782.200); TAMM4 = R$ (60.505.200); NATU3 = R$ (37.179.200); ALLL11 = R$ (30.800.000); BRTP3 = R$ (26.450.300); SDIA4 = R$ (22.600.000) e LOGN3 = R$ (19.622.400).
Assim, com este indicador, podemos ter uma ideia muito boa de como os investidores estrangeiros estão vendo o mercado acionário brasileiro e quais papéis são mais comprados ou mais vendidos.
Por outro lado, a economia mundial começa a dar sinais de recuperação. Com que consistência? Só o tempo dirá. Acredito que alguma volatilidade ainda poderá ocorrer no mercado brasileiro, mas acredito que o segundo semestre será melhor do que o primeiro. Com base em quê posso trasnmitir este meu otimismo?
Vejamos alguns indicadores bem recentes na economia global, conhecidos no final da semana passada e hoje. A produção industrial no Japão registrou uma alta de 5,2% em abril, a maior alta em 60 anos e uma possível indicação de recuperação da economia japonesa; pela primeira vez em 6 meses, o barril de petróleo fechou a US$ 66,31 em Nova York. Será um sinal de maior demanda? É provável; após revisão, o PIB dos Estados Unidos contraiu 5,7% (contra os 6,1% mensurados previamente).
Indicadores nos EUA saídos hoje: Renda Pessoal +0,5%; expect. -0,2%; gastos pessoais -0,2%; expect. -0,1%. (dados de Abril); PCE de abril +0,4%, dentro das expectativas; ISM de manufaturados de maio sobe a 42,8, ante 40,1 em abril; gastos com construção crescem +0,8%, previsão era de uma queda de 0,9%.
ATENÇÃO: CHR Investor informa, S&P500 testando média móvel de 200 períodos. Pode ser um divisor de águas!!!!! Como podem ver, o futuro parece promissor. Acompanhemos!!!
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