Médicos: terceira maior causa de mortes nos EUA
Maiores detalhes podem ser encontrados aqui, aqui, aqui, e aqui.
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Fonte: Fire Diving Internatinal
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Fontes: Braskem S.A.; PR Newswire Latin America
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A partir de 26/11, as cartas recebidas no Projeto Papai Noel dos Correios 2007 serão disponibilizadas aos interessados na sua adoção, na Casa de Papai Noel, um stand especialmente montado para essa finalidade no hall do Edifício-Sede, de segunda à sexta, das 9h às 16h.
Como acontece todos os anos nessa época, os Correios estão recebendo milhares de cartas destinadas a Papai Noel, a maioria delas escritas por crianças carentes. Para encontrá-lo elas não medem esforços e abusam da imaginação e criatividade. Remetem as cartas ao Pólo Norte, à Fábrica de Brinquedos ou ao Céu. Ou, então, as direcionam apenas aos Correios, com a certeza de que nossos carteiros as farão chegar, seguramente, nas mãos do destinatário tão querido. No ano passado foram mais de 13.000 cartas recebidas e 3.600 atendidas somente no Estado do Rio.
Os pedidos das crianças também não mudam tanto assim. Elas ainda preferem os brinquedos mais comuns, como bonecas de todos os tipos e carrinhos. Pedem também cestas básicas, empregos para os pais, roupas e sapatos, móveis e material de construção, embora o Projeto Papai Noel dos Correios se concentre apenas nos brinquedos. Mas, para todos os remetentes, independentemente da idade e dos pedidos, atendidos ou não, é enviada uma carta-resposta do Papai Noel.
Das cartas adotadas, 100 crianças serão selecionadas, pelo tipo de pedido, situação social e proximidade de residência, para receberem os presentes das mãos do Papai Noel, em uma festa que será realizada na sede dos Correios. Para as restantes, os pedidos serão entregues, antes do Natal, pelos carteiros em seus endereços.
Junte-se aos ajudantes do Papai Noel e venha contribuir para um Natal melhor para muitas crianças! Os interessados em apadrinhar as cartas podem obter outras informações na GEISB, por meio do telefones 2503-8110 ou 2503-8820.
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Em sete anos, o diabetes arruinou a saúde da funcionária pública Legínia Miranda. Com oorganismo combalido pela doença, ela estava ficando cega. Sua pressão arterial, sempre alta, atingia por vezes inacreditáveis 22 por 16 (o normal é 12 por 8). Legínia vivia abatida por um cansaço permanente e uma depressão profunda. A moléstia lhe impingia uma rotina penosa – comprimidos antidiabéticos, injeções de insulina, dieta austeríssima. Mesmo assim, sua glicemia não baixava. Girava em torno dos 300 miligramas de glicose por decilitro de sangue, mas freqüentemente chegava a 520 (o normal é 100, no máximo). Em 2005, aos 54 anos e prestes a se aposentar por invalidez, Legínia concordou em passar por um tratamento ainda experimental contra o diabetes tipo 2. Às 7 da manhã de 5 de novembro, ela deu entrada no centro cirúrgico do Hospital de Especialidades, em Goiânia. Nove horas depois, a doença já dava sinais de arrefecimento. Sem nenhum medicamento, sua glicemia baixou para 160 – um patamar jamais alcançado nos anos precedentes. Legínia experimentou uma melhora que, em outros tempos, seria chamada de milagrosa. Hoje, sua pressão está normal e a glicemia gira em torno dos 70 miligramas de glicose por decilitro de sangue. Com a visão recuperada, ela não precisa mais de óculos – nem para ler. À mesa, apesar da dieta equilibrada, delicia-se sem medo com pudim de leite e quindim.A operação para conter o diabetes é diferente de qualquer outra. Ela não se destina a trocar um órgão que funciona mal por outro em boas condições, como nos transplantes. Tampouco é feita para a implantação de um corpo estranho no organismo, de modo a fazê-lo trabalhar melhor. A cirurgia do diabetes combina simplicidade e engenhosidade. Os médicos estão conseguindo, com pequenas modificações na anatomia do intestino delgado, regular a produção de insulina no pâncreas e, com isso, restaurar as taxas de glicemia aos níveis normais. Em outras palavras, eles conseguem reverter o diabetes. A cirurgia é fruto de uma constatação nova e surpreendente: a de que o diabetes é uma disfunção cujas origens ultrapassam as fronteiras do pâncreas, o órgão produtor de insulina – hormônio responsável por retirar as moléculas de glicose da circulação sanguínea e levá-las para dentro das células, onde são transformadas em energia. O diabetes surge da falta ou da ineficiência da insulina, o que leva ao acúmulo de glicose no sangue. E o que é que o intestino delgado tem a ver com isso? Tudo.
Com 6,5 metros de comprimento e 4 centímetros de diâmetro, cheio de dobras e reentrâncias, o intestino delgado, além de promover a digestão e a absorção dos alimentos, funciona como uma espécie de fábrica de incretinas, a família de hormônios capaz de potencializar a secreção de insulina. Elas ajudam a baixar as taxas de glicose no sangue, sobretudo depois das refeições, quando esses níveis tendem a explodir. A descoberta do papel crucial das incretinas GIP e GLP-1 no controle do diabetes tipo 2 data dos anos 90. Nos diabéticos, a quantidade de GIP é normal e, não raro, apresenta-se até aumentada. Sozinha, porém, ela não consegue estimular o pâncreas a produzir insulina. Já em relação à GLP-1, o diabético padece de sua falta. Um doente tende a produzir um décimo do volume de GLP-1 secretado por uma pessoa sadia. O bisturi entra para corrigir essas falhas e restabelecer a sintonia entre os hormônios do aparelho digestivo e a insulina.
Para entender exatamente como funciona a cirurgia do diabetes, é preciso relembrar as aulas de biologia na escola. O intestino delgado é dividido em três regiões – duodeno, jejuno e íleo. Durante a digestão, depois de passar pelo estômago, o alimento chega à primeira porção do intestino delgado, o duodeno. Nesse momento, moléculas de GIP saem do duodeno e dirigem-se ao pâncreas, para estimular a secreção de insulina. Quando o alimento chega ao íleo, moléculas de GLP-1 são imediatamente despachadas para o pâncreas, onde potencializam a síntese de insulina. As duas técnicas cirúrgicas que estão sendo testadas facilitam a ação das incretinas, encurtando o período de digestão dos alimentos.
A experiência com um dos métodos foi relatada na edição de agosto passado da revista Surgical Endoscopy, da Sociedade Americana de Cirurgiões Gastrointestinais e Endoscópicos. O autor do artigo é o cirurgião Áureo Ludovico De Paula, do Hospital de Especialidades, de Goiânia. Ele é o criador da técnica de interposição do íleo. Feita por laparoscopia, a cirurgia consiste em aproximar uma parte do íleo do estômago, de modo a intensificar a produção de GLP-1. A operação prevê ainda a redução de 20% do estômago, o que reduz drasticamente a produção de grelina, o hormônio do apetite. Isso leva à perda de peso e, assim, diminui a resistência à insulina. Dos 39 pacientes citados no artigo da revista americana, quase 90% ficaram completamente livres do diabetes. De cada dez, três saíram do hospital sem necessidade de nenhuma medicação antidiabética – uma cura praticamente instantânea. 'Se apenas metade desses resultados puder ser repetida, teremos uma revolução no tratamento do diabetes', diz Alfredo Halpern, endocrinologista, da Universidade de São Paulo. A cirurgia tem efeito, ainda, sobre uma série de outras doenças associadas ao diabetes – hipertensão, colesterol alto e triglicérides em excesso. Há três semanas, uma equipe de pesquisadores da Escola de Medicina Mount Sinai, em Nova York, esteve no Brasil para aprender a técnica criada por De Paula. Eles vão começar a testá-la nos Estados Unidos. O sucesso da experiência brasileira serviu de incentivo para que os americanos se lançassem nessa empreitada. Até então, eles não haviam tomado essa iniciativa porque, lá, os protocolos de pesquisas com seres humanos são muito mais rigorosos e demorados.
Outro grupo envolvido no tratamento cirúrgico do diabetes é o coordenado pelo cirurgião José Carlos Pareja, chefe do Serviço de Cirurgia Bariátrica e Metabólica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Inspirado na técnica desenvolvida pelo médico italiano Francesco Rubino e batizado de exclusão duodenal, o método isola o duodeno e 40% do jejuno do processo digestivo. Com isso, o alimento chega menos degradado ao íleo e estimula a ação das incretinas. Até agora, Pareja operou quinze doentes. Todos tomavam injeções de insulina e antidiabéticos orais diariamente. Depois da cirurgia, os quinze se livraram das picadas, mas nenhum conseguiu abandonar a medicação por boca. O paulista Divaldo Faria de Mello, de 46 anos, passou por essa cirurgia. Em 2003, por causa do diabetes, ele teve de amputar dois dedos do pé direito, machucados durante uma partida de futebol. O excesso de glicose no sangue impediu que as feridas se cicatrizassem. A vida de Mello pode ser dividida entre antes e depois da cirurgia. Diz ele: 'Não ter de tomar injeção todos os dias e conseguir comer de tudo, até feijoada, é uma bênção'.
Os médicos da Unicamp pretendem testar duas outras técnicas cirúrgicas contra o diabetes. Uma delas associa o desvio do duodeno à redução do estômago. A segunda prevê, além do desvio do duodeno, a retirada de 40% da gordura visceral – o tecido adiposo que se concentra na região abdominal e predispõe a pessoa a doenças cardiovasculares. A idéia, aqui, é diminuir sobremaneira a resistência à insulina, um dos fatores que mais influenciam o desenvolvimento do diabetes tipo 2. É provável que, num futuro não muito longínquo, vários tipos de operação convivam no catálogo de tratamentos disponíveis. 'Sua indicação dependerá do perfil de cada paciente', diz Pareja.
Quem primeiro levantou a hipótese de que o diabetes tipo 2 talvez pudesse ser controlado por meio de cirurgia foi o médico americano Walter Pories, professor de cirurgia e bioquímica da Universidade da Carolina do Leste, nos Estados Unidos. Num artigo publicado em agosto de 1995 na revista Annals of Surgery, sob o título 'Quem imaginaria?', Pories analisou a evolução, ao longo de catorze anos, de 608 obesos mórbidos submetidos à redução de estômago. Dos pacientes operados, 165 eram portadores do diabetes tipo 2. Graças à cirurgia, a maioria apresentou remissão da doença. Em seu artigo, Pories chamava atenção para o fato de que a reversão do diabetes acontecia pouquíssimo tempo depois da operação – em alguns casos, no dia seguinte. Ou seja, o controle da doença acontecia independentemente da perda de peso. Isso levou os pesquisadores a investigar o assunto. Foi então que veio à tona a relevância, na gênese da doença, das incretinas produzidas no intestino delgado.
Com 200 milhões de doentes no mundo, 10 milhões deles no Brasil, o diabetes foi descrito pela primeira vez no século II, pelo médico e filósofo Areteus da Capadócia. Trata-se de uma doença cujas causas não foram inteiramente mapeadas, apesar de todos os avanços. 'As novas pesquisas mostram que a doença é muito mais complexa do que se pensava', diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, de São Paulo. Além do pâncreas e do intestino delgado, outros órgãos estão envolvidos no controle das taxas de glicose no sangue. Mais de uma dezena de substâncias interfere no equilíbrio da glicemia. Até o esqueleto participa da síntese de insulina. A equipe liderada pelo pesquisador Gerard Karsenty, da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, provou em experimentos com ratos que a osteocalcina, hormônio produzido pelas células produtoras de osso, tem o poder de estimular a secreção de insulina. Se for comprovado que a osteocalcina tem função similar nos humanos, isso poderá levar à criação de um novo tratamento para a doença.
Alguns especialistas costumam alarmar-se com o que seria uma epidemia de diabetes tipo 2 já em curso no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2025 os doentes somarão 330 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, estima-se que metade das crianças negras e hispânicas nascidas em 2000 desenvolverá a doença em algum momento de sua vida. Não importa o mecanismo pelo qual o distúrbio surge, o fato é que os estímulos externos são decisivos. Em especial, a alimentação rica em gorduras e o sedentarismo. Por esse ângulo, o diabetes tipo 2 é uma doença culturalmente provocada. Vencer suas causas culturais, portanto, pode ser, para a maioria dos doentes em potencial, uma maneira menos dolorosa do que tomar picadas diárias de insulina sintética ou entrar na faca.
Veja também, da mesma reportagem: Hormônios em sintonia; Muito mais complicado.
Fonte: Revista Veja - 31/10/2007
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"O crescimento econômico mundial vai desacelerar no ano que vem, conforme os efeitos da crise do mercado imobiliário de alto risco (subprime) repercutirem nos mercados financeiros", disse Pablo Bread, vice-presidente e diretor de pesquisa internacional do Scotiabank. "O forte impulso de crescimento em importantes mercados emergentes, tais como a China, Índia e Rússia compensará, em parte, um crescimento mais lento dos países do G7, o que contribuirá para corrigir desequilíbrios mundiais antigos. A restrição do crédito mundial subseqüente poderá também promover um processo saudável, ainda que volátil, de repactuação do risco nos mercados high grade e high yeld (alta qualidade e alta rentabilidade)."
América Latina: melhor governança, com o crescimento de setores financeiros locais e o crescimento cíclico aumentam a capacidade de resistência aos choques econômicos e financeiros oriundos dos EUA.
Na América Latina, uma melhor sustentabilidade de débito, reservas internacionais consideráveis e desenvolvimento dos setores financeiros oferecem uma proteção quanto ao impacto da crise do mercado imobiliário de alto risco dos Estados Unidos. Uma forte demanda interna também reforça a sensação de capacidade de resistência aos choques econômicos vindos dos EUA. O México vai se fortalecer aperfeiçoando o que é fundamental - no que se refere a uma liderança mais forte, aprofundamento das reformas fiscais e o desenvolvimento de um mercado de crédito local - e com um aumento do investimento estrangeiro direto e altos preços do petróleo.
A influência dos mercados emergentes em determinar a extensão do ciclo econômico mundial está aumentando. Alguns países nas Américas em desenvolvimento estão sendo decisivos para a promoção de mudanças institucionais e para o desenvolvimento econômico na região. O Brasil emergiu com uma importante força no hemisfério, com uma forte presença diplomática e no setor de manufatura (grifo meu!). O México continua aprofundando sua integração com base ampla com uma zona econômica norte-americana ampliada. O Chile tornou-se um modelo de força institucional regional e um portal comercial confiável para a região Sudeste Asiático/Pacífico. A Argentina - um destino turístico cada vez mais popular - deixará provavelmente para trás seu isolamento dos mercados financeiros mundiais com o novo governo que assumirá o poder em breve. A influência da Venezuela nos principais países da América Latina está diminuindo.
Europa: encarando o duplo desafio de apreciação da moeda e desaceleração econômica conforme o ciclo de restrição monetária chega ao seu ápice.
O advento de uma liderança forte nos principais países, tais como Alemanha e França aponta para uma unidade regional mais forte em termos de política estrangeira e econômica. A questão da segurança da energia continuará sendo um aspecto delicado, considerando-se a intensificação do controle da Rússia do setor de energia. Com o governo de Nicolas Sarkosy, a França desempenhará provavelmente um papel mais ativo, e talvez de mais confronto, nos debates mundiais. A eurozona continuará se expandindo, com a inclusão de Chipre e Malta em 2008. Os conflitos na Turquia e no Norte do Iraque podem aumentar o risco político, mas não deverão prejudicar o ritmo de implementação das reformas estruturais. Entre as principais economias européias em desenvolvimento, a Rússia - o maior produtor mundial de petróleo e gás natural - continuará colhendo os frutos do recente aumento dos preços de energia, conforme continuar registrando números de crescimento semelhantes aos do leste asiático.
Ásia: a Ásia emergente continuará dando o tom durante 2008. Liderada pela China, a Ásia emergente continuará dando o tom durante 2008, apesar de serem nítidos os sinais de uma modesta desaceleração. Em geral, verifica-se uma gradual transição, passando-se do crescimento com exportação para um crescimento com base interna.
Grandes superávits comerciais na maior parte da região ajudaram a reduzir o impacto negativo do aumento súbito do preço do petróleo. Apesar da sua vulnerabilidade, a China fortalecerá sua liderança econômica regional para uma correção do mercado financeiro. Os Jogos Olímpicos, marcados para agosto de 2008, serão uma mostra da influência mundial do país; mas a Índia e o Japão continuarão sendo forças regionais importantes contribuindo para promover uma zona econômica pan-asiática integrada. O desenvolvimento do setor financeiro e do mercado de títulos mobiliários da China continuará, mas receios com a bolha de ativos poderão surgir, causados por ajustes do preço dos ativos em países desenvolvidos. Consideradas juntas, a reservas de moeda estrangeira asiáticas totalizam cerca de US$ 4 trilhões, dada a enorme influência da região sobre os mercados de títulos mobiliários e moeda. Incertezas eleitorais na Índia e no Japão, choques de governança na Tailândia e no Paquistão e a deterioração das condições de segurança no Afeganistão poderão influenciar o perfil de risco geográfico durante 2008.
O International Views é um relatório emitido quatro vezes ao ano pela equipe de pesquisa econômica global do Scotiabank Group. Fornecendo insights exclusivos sobre os ambientes econômicos e políticos em 34 países, representando 90% do PIB total, o International View é um dos vários relatórios de pesquisa mundiais preparados pela equipe de pesquisa econômica global do Scotiabank Group. O relatório completo pode ser acessado on-line em www.scotiabank.com.
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Por que a gente soluça? Soluço é a contração involuntária do músculo do diafragma, responsável pela respiração. O soluço geralmente é causado por uma irritação no nervo frênico, responsável por ativar o diafragma devido a um aumento do volume do estômago. E não é lenda a história de que um susto pode curar o "soluçante", pois libera adrenalina e ativa o nervo frênico, outra saída é a água gelada, que provoca o mesmo efeito.
Meu pé dormiu! Isso acontece porque a compressão do fluxo sangüíneo (ao cruzar as pernas, por exemplo) interrompe o tráfego de impulsos nervosos. Ao restabelecer o fluxo, acontece uma espécie de "curto circuito" nos impulsos elétricos dos nervos, daí a sensação de "formigamento". Há até um problema conhecido como "paralisia dos amantes". O casal dorme junto e um deles fica
Por que tenho vontade de urinar quando entro na piscina? Não é brincadeira. Ao entrar na água, a pressão externa sobre o corpo aumenta. "Os líquidos componentes do plasma que estão fora dos vasos são "empurrados" para dentro deles", com o aumento do volume de sangue nos vasos - chamado volemia - vem a vontade de urinar. É como beber água. Por falar em água, é verdade que torneira aberta e chuveiro despertam a vontade. "É psicológico, chamamos de reflexo da micção".
De onde vem a cãibra? Segundo o neurologista Acary Oliveira, da Unifesp, 95% da população já experimentou esse espasmo muscular, em geral na barriga da perna. "Após intensa atividade física, acaba a energia e a musculatura se contrai e não relaxa". Para passar, o segredo é contrair o músculo oposto ao que está doendo, como fazem os jogadores de futebol. Se a cãibra for na barriga da perna, por exemplo, basta alongar os músculos da parte da frente, puxando a ponta do pé para cima, em direção a canela.
O que causa o arroto? Também chamado eructação, o arroto é causado pelo ato de engolir ar (aerofagia). "Falar ou comer muito rápido, engolindo ar, são as causas mais comuns". Ingerir alguma substância que contenha gás, como refrigerante, pode ser outra causa provável. A cura não é muito educada. Basta "eructar". Mas, aì, coitado dos outros...
Por que, às vezes, meu olho treme? O espasmo das pálpebras é causado pela contração o músculo orbicular (músculo responsável pelo fechamento das pálpebras). A causa mais provável é que seja provocado pelo cansaço ou tensão. "É como uma cãibra", explica o oftalmologista Paulo Henrique, da Unifesp. O músculo se movimenta rápido para fazer circular mais Sangue na região e dissipar o ácido lático, responsável pela irritação na terminação nervosa.
Por que há uma espécie de "choque" quando se bate o cotovelo na quina da mesa? A reação é causada pela compressão de um nervo chamado ulnar. "No cotovelo, o nervo ulnar está muito exposto, ficando suscetível a pancadas". Esse nervo está ligado aos dedos mínimo e anular. Por isso, a sensação de choque se espalha do cotovelo até esses dois dedos.
Estalar os dedos engrossa as articulações? Não. "Ao esticar o dedo, o líquido sinovial lubrificante da articulação responsável por diminuir o atrito se desloca sob o vácuo formado entre as articulações, fazendo o barulho do estalo", ensina o ortopedista cirurgião de mão Luís Nakashima. O mesmo fenômeno pode ser percebido nas costas e nos joelhos. "Provocar o estalo no dedo não faz mal algum".
Por que tenho a impressão de já ter visto um lugar onde nunca estive? A sensação de déjá vu pode acontecer com quase todos e tem origem biológica. O hipocampo - região do cérebro responsável pelo processamento da memória - é ativado fora de hora, exatamente quando está ocorrendo um fato novo, dando a impressão de que aquilo já estava registrado, de que é um fato do passado. O evento é mais freqüente em pessoas com epilepsia no lobo temporal e isso, provavelmente, está relacionado com "disparo" anormal do hipocampo, um dos centros cerebrais da memória", explica o psiquiatra Roberto Sassi. Mas isso não implica que pessoas que tenham déjá vu sofram de epilepsia.
Por que a gente boceja? "É uma forma de ativar o cérebro e evitar o sono", afirma o coordenador do departamento de distúrbio do sono da Unifesp, Ademir Baptista Silva. Ao bocejar, o segundo e o terceiro ramo do nervo trigêmeo (um dos nervos da face) são ativados, estimulando o cérebro. O mesmo efeito pode ser obtido mascando chiclete. "O único mistério é o fator" epidêmico "do bocejo ninguém sabe porque as pessoas bocejam quando vêem outras bocejando", diz Ademir.
Por que os pêlos ficam arrepiados? "O frio e as fortes emoções são os principais estímulos causadores da contração do músculo eretor dos pêlos", afirma a neurologista Cláudia Garavelli. A origem pode estar na teoria darwinista e sua explicação é que o arrepio é uma forma de defesa. No frio, a camada formada pelos pêlos retém o ar quente, aquecendo o corpo. No medo, aumenta-se o volume do corpo, assustando-se assim um eventual agressor, como fazem os gatos.
Por que a pele da mão enruga quando ficamos na água? "Porque a camada externa da pele do dedo é composta por uma proteína - a queratina - que pode absorver "água como uma esponja", explica o clínico geral Luís Fernando. A camada externa da pele da ponta dos dedos é "fixa". Para caber o volume de água absorvido, a pele enrruga.
O que causa o espirro? "É um mecanismo de defesa, uma forma de o organismo liberar bactérias e vírus alojados nas vias respiratórias, especialmente no nariz, limpando-o". Explica o pneumologista Clystenes Odyr Silva. Não tente impedir o espirro e jamais bloqueie o nariz para evitar fazer barulho. A velocidade do espirro pode ser de
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